Nasceu no Planeta Azul (o
habitável planeta Terra), exatamente no dia vinte e dois de janeiro de mil
novecentos e noventa e três, um ser humano. Após alguns anos, este ser entrou
em conflitos com a própria existência. Estudou a fundo e chegou a conclusão de
que realmente existia. Algo que não existisse não questionaria a própria
existência. Este ser julgava não pertencer ao lugar em que vivia. Saiu, então,
pela imensidão do universo, a fim de descobrir se vivia ou se apenas existia.
Pelo caminho encontrou uma pedra que não era a de Carlos Drummond de Andrade.
Será que a pedra existe? O ser julgava sua existência, pois a luz que a tocava
refletia em seus olhos, porém o ser não podia afirmar que ela vivia. Saíra a
fim de respostas que não possuía, pelo menos não todas. O mistério jamais
finda. Começou, então o estudo dos lugares próximos ao planeta em que vive
(talvez sem existir). Descobriu quais elementos formavam o Sistema Solar, os
que compõem as estrelas e mais: o ser descobriu, após anos, que conhecera
apenas nossa galáxia espiral Via Láctea e que o universo é “finito”. Resolveu
avançar no tempo julgando ir para o futuro cerca de 2,5 milhões de anos-luz,
chegando a nossa vizinha mais próxima, Andrômeda. E é lá que a história
pausa... Assim que acabar de escrever essa parte da história o ser voltará ao
passado/presente. Em seu tempo psicológico passaram-se milhares de anos, porém,
o tempo cronológico marcara apenas 53 minutos. É nesse jogo de passado/futuro
em meio aos mistérios que cercam minha existência que lhes digo que a história
não termina... E que essa é a eterna busca do "EU" entre tantos
"EUS", entre tantos "SERES".
Mariana Guerra é estudante de
engenharia mecatrônica, estuda Filosofia&Religião, Biologia e Mecânica
Quântica (Veduca). Cursa astronomia pelo ON (Observatório Nacional). Apaixonada
por música clássica. Leitora de Nietzsche e fã incondicional de Einstein.
Sempre achei que minha vocação eram as exatas, mas percebo que, me aproximo
cada vez mais, da filosofia.