terça-feira, 25 de novembro de 2014

Boca Quente

Abaixou-se lentamente e começou a chupá-lo
Aquela boca quente o fazia delirar, 
Olhando com seus olhos de menininha, 
Não queria mais parar, 
Pede para que ele faça o mesmo, 
Então deita-se e devagar se abre para que ele possa senti-la.
Ela torce, se retorce e grita, 
Pede para que enfie, 
Pois quer ser comida, 
Naquela sala ouviam-se apenas gritos e gemidos, 
Eles só sentiam seus corpos colados e suados,
Eram dois corpos em um só, 
A menina não quer mais parar,
Ela só quer gozar e gozar.




Juliana, Paulistana , 27 anos.
Estudante de letras.Apaixonada pela vida, arte e poesia.
Liberdade de expressão e respeito ao próximo...
Esse é meu lema de vida.



sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Traço e Linha



Eu nasci com milhões  
De entrelinhas
Finas linhas
Mal traçadas
Não sei ler.

Eu nasci com milhões
De entre laços
Traço traços
Traço formas
Pra viver.


Traçaria entre laços
Nessas linhas
Linhas turvas
Linhas tortas
Vou romper.

Desalinho mal traçados
Sigo traços
Entre abraços
Descontínuo
Meu sofrer.



Meu nome é Ádila J. P. Cabral - Nasci em Belém-Pa.  Mas cresci em uma cidade pequena do interior chamada São Domingos do Capim-pa.  Sou professora, formada em pedagogia/especialista em psicopedagogia.
Desde que me entendo por gente eu gosto de ler e li de tudo. Devorava livros e não demorou encontrar a poesia de Castro Alves, Florbela Espanca, e outros. E desse gosto pela leitura surgiu o desejo de escrever.
A cidadezinha de interior cercada pela mata, rios e igarapés. Imersas em suas próprias lendas, nascida do imaginário popular, deu campo a uma imaginação extremamente fértil. Sempre apaixonada por essa natureza amazônica. Essa força deslumbrante que rege a vida do amazonida, do ribeirinho. Um universo próspero e misterioso me fez criar um mundo fantástico. Tinha pra mim que minha casa estava entre fadas e duendes perto de algum grande mistério. E fazia de cada momento um grande acontecimento. Eu sou uma imaginadora que se fez escritora.
Minha poesia não reflete apenas sentimentos meus. Mas os das outras pessoas. Pelas observações que faço. Situações que me são muito incômodas, que me afligem e que não posso intervir ou modificar. Mas que me atingem profundamente e me trazem angústias. A poesia é um alívio e um canal para dar vazão.