Nunca me dei bem com a bússola
Aquele norte irritante
Que desafiava a plasticidade
Do meu cérebro perdido
Meu norte sempre foi
A vista da minha sacada
Ao sul do prédio
Apenas a estrada que me levava para lugares longínquos
Mas a noroeste da minha vista
Me intrigava laranja aquela estrela fixa
Tão estática quanto a luz da sacada mais distante no
horizonte
Ostentava soberana seus montes flamejantes
Nos errantes devaneios de um poeta amador
Distante do seu amor
Carregava sozinha a dor da solidão infinita
De uma supernova que já foi mas eu ainda não vi

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