O último dia de Carna Rock foi de
banjo distorcido, passando por melodias características do indie rock até desaguar no rock alternativo com
influências de blues e derivados dos serranenses da banda Cane´s Foot.
O banjo distorcido ficou por
conta da dupla “Que miras Chicon” de
Monte azul. O casal, Danilo no banjo e Thaysa na bateria, divertiram a todos os
presentes com suas histórias da roça. O White Stripes caipira. Como ouvi alguns
comentarem ao final da apresentação. Enquanto a próxima banda arrumava suas
coisas para tocar, sai para fumar um cigarro. Quando voltei a banda já havia
começado. Fazia um tempo que não ouvia o som da Pale Sunday, som com nítidas
influências de rock britânico, tais como, The Smiths e New Order numa linha mais Belle & Sebastian que
conheci nos anos 90, nem sei se ainda tocam hoje em dia.
Na sequência, a banda The Jolts
de Batatais também apresentou seu material que não fugiu das influências já citadas,
somando a elas a banda americana, The Strokes.
Por fim, The Cane´s Foot subiu ao
palco. Não tocava há algum tempo. Estavam parados desde a perda do baterista
original, Evandro. Juntaram à formação o baterista e amigo Jorge da banda Isca
Viva que conseguiu entender a pegada dos sons que já faziam parte do repertório
e colocar sua contribuição. O resultado foi satisfatório e a estrada fará com
que melhore cada vez mais.
O público do último dia não foi
tão grande como nos demais, porém quem foi não se arrependeu. Os três dias em
que fui ao Carna Rock foram tranquilos. O ambiente era de total amizade e
celebração. Fico feliz em ver o
Paulistânia sendo palco de eventos desse porte. Espero que eventos como esse
não sejam fatos isolados em 2013 e se tornem uma constante em Ribeirão Preto e
Região. Bandas autorais é o que não faltam por aqui. Há lugar pra todos na cena
independente. Bora fazer acontecer.
João Francisco Aguiar é um dos editores do âncorazine e desse blog. É professor, conhecido por seus alunos e colegas de trabalho como jofra, baterista da banda Corvo de Vidro. Não acredita em processos de mudança, e sim na ruptura como mudança do real. Se não está satisfeito com o pano de fundo de sua vida, não mude a si mesmo troque o pano, mude de amigos, de cidade e até de planeta se conseguir. Para ele a imaginação supera a razão.
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