quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O último dia de Carna Rock e a Celebração do som Independente


O último dia de Carna Rock foi de banjo distorcido, passando por melodias características do indie rock  até desaguar no rock alternativo com influências de blues e derivados dos serranenses da banda Cane´s  Foot.
O banjo distorcido ficou por conta da dupla  “Que miras Chicon” de Monte azul. O casal, Danilo no banjo e Thaysa na bateria, divertiram a todos os presentes com suas histórias da roça. O   White Stripes caipira. Como ouvi alguns comentarem ao final da apresentação. Enquanto a próxima banda arrumava suas coisas para tocar, sai para fumar um cigarro. Quando voltei a banda já havia começado. Fazia um tempo que não ouvia o som da Pale Sunday, som com nítidas influências de rock britânico, tais como, The Smiths e New Order  numa linha mais Belle & Sebastian que conheci nos anos 90, nem sei se ainda tocam hoje em dia.
Na sequência, a banda The Jolts de Batatais também apresentou seu material que não fugiu das influências já citadas, somando a elas a banda americana, The Strokes.
Por fim, The Cane´s Foot subiu ao palco. Não tocava há algum tempo. Estavam parados desde a perda do baterista original, Evandro. Juntaram à formação o baterista e amigo Jorge da banda Isca Viva que conseguiu entender a pegada dos sons que já faziam parte do repertório e colocar sua contribuição. O resultado foi satisfatório e a estrada fará com que melhore cada vez  mais.
O público do último dia não foi tão grande como nos demais, porém quem foi não se arrependeu. Os três dias em que fui ao Carna Rock foram tranquilos. O ambiente era de total amizade e celebração.  Fico feliz em ver o Paulistânia sendo palco de eventos desse porte. Espero que eventos como esse não sejam fatos isolados em 2013 e se tornem uma constante em Ribeirão Preto e Região. Bandas autorais é o que não faltam por aqui. Há lugar pra todos na cena independente. Bora fazer acontecer.

João Francisco Aguiar é um dos editores do âncorazine e desse blog. É professor, conhecido por seus alunos e colegas de trabalho como jofra, baterista da banda Corvo de Vidro. Não acredita em processos de mudança, e sim na ruptura como mudança do real. Se não está satisfeito com o pano de fundo de sua vida, não mude a si mesmo troque o pano, mude de amigos, de cidade e até de planeta se conseguir. Para ele a imaginação supera a razão.

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