quarta-feira, 19 de outubro de 2011


Crepúsculo dos Ídolos - Monte Alto
                                              

No dia 16 de outubro uma van saiu de Serrana  com as bandas Corvo de Vidro e Íbis, além de amigos  e equipamentos, tais como cubos, guitarras, pratos de bateria...aquelas coisas necessárias para um bom barulho. O destino da van foi a cidade de Monte Alto e o objetivo da visita foi comemorar o aniversário de um dos maiores e mais influentes filósofos da modernidade, mesmo que muitos ali dentro daquele “espaço motorizado sobre quatro rodas”  só tenham ouvido falar nesse cara bigodudo e sua filosofia libertária. Para não cansar o leitor, pararei por hora de falar sobre o filósofo, mas voltarei a mencioná-lo e em doses tão homeopáticas que talvez nem perceba.

Tocar em Monte Alto para a banda Corvo de Vidro significou o fim de uma trilogia: Serrana, Monte Azul e Monte alto. Foi massa demais tocar nessas três cidades. Cada qual trás consigo sua singularidade.

Ao descer da van, a primeira coisa que fiz,  foi checar os níveis de álcool e nicotina do sangue e tratar logo de equilibrá-los. Acendi um cigarro e caminhei  até o bar que estava fechado e só abriria mais tarde. Restava-me procurar coisas a fazer. Finalmente, entrei no Anfiteatro Municipal de Monte Alto, revi amigos, tiramos fotos, dei uma conferida  no Varal de Poesia, com exposição de trabalhos de artistas nacionais, ligados ao Fora do Eixo (FDE) e Fora do Eixo Letras (FEL). Aproveitei para deixar meus zines por ali também. Na mão direita de Thaisa está a compilação do Âncora zine, em breve sairá um novo número, e na mão direita de Danilo, o cd/coletânea com músicas das bandas Corvo de Vidro e Mano Pinga e seus Comparsas. Além do som, o zine também traz  um texto que apresenta o Movimento Garrafão Underground e suas intenções. 



Teve também uma exposição do artista plástico Iron V. King, com sua arte crepe, que sempre deixa a todos um tanto quanto chocados por sua ousadia.

Depois disso a banda se reuniu e fomos juntos ( não é lindo? ) visitar o Museu de Paleontologia da cidade que fica logo ali “ du ladim “ e “abriga os fósseis recolhidos nos arredores da cidade e mesmo nas cidades vizinhas, provenientes de depósitos fossilíferos associáveis às formações Adamantina e Marília do Grupo Bauru, Cretáceo Superior continental da Bacia do Paraná.” Isso eu não sabia. E você? Agora a gente sabe.











Quando voltamos ao Anfiteatro, o Marco Buzetto ( que organizou todo o encontro ), convocou-me para o início do bate-papo sobre Nietzsche. Além de mim, estavam presentes nesse encontro a  psicóloga e especialista em Filosofia e Educação, Fernanda Berganton e o escritor local ( que já conhecia ) Luiz Mozzambani Neto de quem comprei um livro, e falarei sobre ele assim que terminar de lê-lo. O nome do livro é “ Embrulhos “. Foi o primeiro autógrafo colhido para o blog.
O bate papo foi muito bom, começou com Nietzsche  e passou por Monteiro lobato, Rafinha Bastos, Sertanejo Universitário, Identidade Cultural, Quem é o caipira, afinal????? Questões, polêmicas, dúvidas...elementos fundamentais a filosofia. Gostei. Obrigado pelo convite Marcão. Estamos aí. Com tantas idas e vindas passamos da hora. Mas o que é o tempo, senão um mero conceito.
E o som começou a rolar com o casal de Monte Azul Paulista Que Miras Chicon http://www.quemiraschicon.com/que mandou ver seu banjo distorcido e batera na velocidade da luz.
Na sequência a banda Ìbis http://ibisrockdevarzea.blogspot.com/  de Serrana  em sua mais nova, nova... recente formação. Veja a foto.

Estranhamente, e para nós foi uma honra, a Banda Pesadelo da cidade de Guariba http://www.bandapsd.com.br/ tocou antes do Corvo de Vidro. E arrebentaram, afinal, anos de estrada, de rock na veia. O Alan, guitarrista do Corvo de Vidro é fã da banda desde de moleque e curtiu muito a apresentação.

Para fechar os trabalhos do dia. Foi a nossa vez de  tocar. Corvo de Vidro. E que massa, o pessoal que estava presente participou. Desde a última apresentação percebo que a galera começa a conhecer as músicas e curtir mais a banda tocando.  Que isso se repita sempre. Destaque a mais uma homenagem que fizemos ao Redson, vocalista da banda Cólera que faleceu em setembro. Dessa vez, al ém de “Amnésia” que é o som que já tocamos,  contamos  com a participação de Luizinho da banda Pesadelo e Brasileiro do Ìbis na música “ Medo “.  


Por fim, o saldo do evento acho que foi positivo para todos os envolvidos. Valeu Marco Buzetto, "tamo junto, man". 

 As fotos acima foram tiradas na sua maioria por Alan Belíssimo, guitarrista da banda Corvo de Vidro.





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